Ler, ler, ler e ler, que coisa mais gostosa, não?
Claramente existem pessoas que não gostam da leitura e nem fazem dela um hábito de grande importância, mas tenho consciência que todas as pessoas conhecem a pessoa da qual falaremos hoje.
Clarice Lispector foi uma autora de sucesso, e por mais que seja muito comentada atualmente, suas obras literárias não tem obtido grande retorno do público atual. As citações delas estão espalhadas por um mar de locais, dentro e fora da internet, mas creio que a devida importância e respeito não são dadas a essa figura tão espetacular.
É engraçado que hoje vemos rios e mares de fragmentos de suas citações por aí, mas muita das pessoas não sabem quem foi e nem sabe falar o nome de ao menos uma obra literária de Lispector. Acusada popularmente por ser cantora, atriz e até compositora, hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a verdadeira Clarice, a autora.

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família de origem judaica, seu pai Pinkouss e sua mãe Mania Lispector, veieram para o Brasil em março de 1922 para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Em 1925 mudou-se para Recife aonde residiu toda a infância, já em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro, morando no Bairro da Tijuca. Em 1943 formou-se em Direito e casou-se com seu amigo de turma Maury Gurgel Valente. No mesmo ano estou na literatura ainda muito jovem com o romance "Perto do Coração Selvagem" e teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha.
Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra. Em 1949, nasce na Suíça seu primeiro filho, Pedro, e em 1953 nasce nos Estados Unidos o segundo filho, Paulo. Em 1959, Clarice se separa do marido e retorna ao Rio de Janeiro, com os filhos.
Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Em 1966, após dormir com um cigarro aceso, ela sofreu diversas queimaduras no corpo e na mão direita, precisando passar oir várias cirurgias e vivendo isolada, porém sempre escrevendo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete. A autora foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume "A Descoberta do Mundo".
Entre suas obras mais importantes estão a reunião de contos em "A Legião Estrangeira" (1964), "Laços de Família" (1972), os romances "A Paixão Segundo G.H. (1964) e "A Hora da Estrela" (1977).
Clarice Lispector faleceu no Rio de Janeiro no dia 9 de dezembro de 1977.

Fonte: Pensador Uol e E-Biografias .