Você acredita em sereias?
Cinquenta porcento de mim acredita nesse mito e acha que pode ser real, afinal, somente dez porcento de todo o oceano foi explorado até os dias de hoje; porém, os outro cinquenta porcento reprovam essa ideia em mim, ou ao menos reprovavam.
Com um romance incrível, Anna Banks nos dá uma aventura sensacional, divertida e de grande entusiasmo,que rapidamente nos dá uma ideia fascinante sobre sereias, e nos deixa ansiosos para a continuação.

Nome: Poseidon
Páginas: 288
Autor: Anna Banks
Editora: Novo Conceito

Além da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada.
Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensação.
Galen, príncipe dos Syrenas, vasculha a terra procurando uma garota especial, capaz de se comunicar com os peixes — e que poderá salvar seu reino. Quando ele se encontra com Emma, a conexão é imediata: embora não saiba, Emma parece ter o dom que Galen procura. Mas, então,
por que ela não conseguiu salvar sua melhor amiga do ataque do tubarão?
Cabe ao príncipe convencer a teimosa Emma a enfrentar sua real natureza e aceitar o desafio. E nada pode impedi-lo de alcançar seu objetivo.

Esse é o primeiro volume (e o único lançado no Brasil até o presente momento) da saga O Legado de Syrena.
Emma é desajeitada,  e chama a atenção por sua beleza não convencional. Galen, é o príncipe dos Syrenas, e um dos únicos de sua raça que tem a permissão para manter contato com seres humanos.
Logo no começo, o livro já nos faz mergulhar em uma ação comovente, já que em meio a brincadeiras e muito surf na praia, Emma e sua amiga são atacadas por um tubarão, e é nesse momento que os poderes dela começam a se manifestar, novamente.
Convencê-la não é fácil. Emma é cabeça dura, e de início não acredita no príncipe, mas ele é insistente, se matriculando na mesma escola que ela, e aos poucos se aproximando, revelando a verdade o que eles são e o porquê dele estar ali.
O interessante é que Anna Banks tem uma escrita simples, que nos atrai muito facilmente pela forma como se desenrola o romance entre as personagens principais, que além de carismáticos, são bem marcantes. Ficamos presos nessa leitura porque a autora soube dividir a trama, com capítulos contados em primeira pessoa por Emma, e em terceira pessoa por Galen.
A Editora Novo Conceito preservou a capa original, e detalhou delicadamente as folhas do livro, dando um design diferente para quem o lê.
O único ponto negativo, é que não a previsão para o lançamento da continuação aqui no Brasil.
Para quem gosta de romances que envolvam mitologia, esse livro é uma ótima indicação!

Bom dia, ou boa tarde... Quem sabe boa noite? Independente do horário que esteja lendo, que seu dia tenha sido ótimo, ou que sua noite seja espetacular!
John Boyne nunca me decepciona, o livro pode ser com poucas ou muitas páginas, mas sempre é maravilhoso, com leitura fácil de se compreender e de rápido esclarecimento.
Quem nunca se perguntou como era a vida durante o Holocausto? Quem nunca se perguntou como viviam as famílias dos oficiais que iam trabalhar nesses locais?

Título: O Menino do Pijama Listrado
Páginas: 192
Autor: John Boyne
Editora: Cia das Letras (Companhia das Letras)

Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

Começo já admitindo que chorei.
A história é envolvente, e de fácil compreensão, com um contexto ambientado em meio ao Holocausto, tudo que acontece é contado pela visão de uma criança de nove anos.
Bruno não tem ideia do que acontece, e a única coisa que sabe é que irá se mudar.
Imagine que você se mude para um local isolado, tem de deixar seus amigos para trás, e não nenhum meio de entretenimento, o que faria?
Após uma briga, nosso pequeno protagonista sai em uma caminhada, para buscar algo que o divertisse, foi então que ele conheceu Shmuel, um garoto de sua idade e que, curiosamente, nasceu no mesmo dia que ele. A amizade entre eles cresce, e nesse meio tempo Bruno tenta descobrir mais sobre o que seu pai faz.
Com um final surpreendente e emocionante, que mostra o poder da amizade e inocência em meio a guerras, John Boyne emocionou o mundo com seu livro, e conseguiu, com uma escrita simples, convencer o mundo do poder de uma amizade.

Olá, olá!
Qual o melhor lugar do mundo?
Você pode estar pensando na sua casa, seu quarto, Inglaterra, França, Brasil e outros tantos lugares, mas quem sabe ele não seja aonde você está?
O livro de hoje, é um dos meu preferidos, porque com uma história simples, e rápida, conseguiu me fazer lembrar do que realmente importa, e me fez pensar novamente sobre o que há de bom na vida.
Ele não tem (e nem é) uma leitura profunda, que te faz pensar filosoficamente, mas ele te dá uma nova perspectiva sobre alguns assuntos, principalmente quando se pensa que a vida não pode melhorar.

Título: O Melhor Lugar do Mundo é Aqui
Páginas: 160
Autores: Francesc Miralles e Care Santos
Editora: Record

Em uma tarde fria e cinzenta na qual o mundo parece não ter sentido, Iris perambula sem rumo pelas ruas da cidade. Arrasada pela morte repentina dos pais em um acidente, ela não consegue suportar a solidão da própria casa. Tornar-se órfã, porém, é apenas um dos motivos de seu sofrimento: há tempos sua existência se transformara em um deserto infértil e sem esperança. Numa ponte sobre a linha do trem, ela pensa em pôr fim à própria vida, mas a travessura de um menino a conduz a um lugar inusitado. Iris nunca havia notado aquele café. Seu nome, "O melhor lugar do mundo é aqui", soa tão intrigante que ela decide entrar, só por curiosidade. Ali conhece Luca, um homem de cabelos grisalhos, provavelmente da idade dela, mas que parece saber mais sobre a vida do que sua modesta experiência poderia lhe permitir. Segundo ele, cada mesa do lugar tem uma propriedade mágica. A princípio Iris acredita que Luca é apenas um sedutor, mas, envolvida, encontra-se com ele durante seis tardes consecutivas em diferentes mesas, onde acontecem coisas surpreendentes. Em meio a conversas sobre diversos aspectos do presente e do futuro, permeadas pelo aroma de chocolate, Iris descobre-se apaixonada. Mas Luca desaparece inexplicavelmente na sétima tarde. Logo ela compreende que ele não voltará. Desesperada, começa a procurá-lo sem cessar e encontra pistas que revelam o enigmático passado de seu companheiro. No entanto, a maior revelação, que abalará todas as suas certezas e mudará sua visão de mundo para sempre, ainda está por vir, e abrirá seus olhos para a magia da vida. 

Admito que me surpreendi, porque em um primeiro momento eu não esperava muito desse livro. Ganhei-o e ele acabou ficando preso dentre tantos outros que aguardavam na fila para leitura, mas assim que comecei a lê-lo, pude ter uma adorável experiência.
Esse é um daqueles livros que nos conduz a ter uma reflexão sobre as nossas escolhas, sobre nossos sonhos que, por diversos motivos acabamos os adiando, até não termos mais meios para fazê-los se tornarem possíveis.
Por que temos tanto medo de arriscar? Por que nos importamos tanto com o que os outros acham de nós? Por que pensamos demais nas opiniões de quem importa? Isso se importa.
Em um leitura leve e bastante convidativa, temos a abertura de questões que nos fazem pensar e repensar alguns conceitos, sejam eles profundos ou superficiais.

Olá, e seja bem vinda(o) ao blog!
Você está bem? Como foi seu dia? Qual seu sonho? Você já pensou em ser invisível? Pois é, Herbert George Wells, popularmente conhecido como H. G. Wells já pensou, e inclusive, escreveu um livro ficcional sobre o assunto.
Preocupado em contar uma boa história, Wells chama a atenção com sua escrita simples, dinâmica e direta, que de fácil compreensão permite a qualquer leitor entender o enredo e a narrativa do livro. Ele não "dá voltas", permitindo que uma leitura rápida e de interessante.

Título: O Homem Invisível
Título Original: The Invisible Man
Páginas: 216
Autor: H. G. Wells
Editora: Alfaguara

"Em uma noite gelada de fevereiro, surge numa cidade isolada na Inglaterra um desconhecido à procura de abrigo. Com o rosto coberto de bandagens, enluvado e de óculos escuros, esse homem misterioso, de pouca conversa, parece estar se recuperando de um acidente que o desfigurou. Pede à dona da estalagem um quarto reservado, onde possa passar os dias sem ser incomodado.
Mas a verdade está muito além da compreensão dos habitantes do vilarejo. Esse homem ríspido, que desde o início se indispõe com os demais, criou um método para se tornar invisível e caiu em sua própria armadilha: sem um antídoto, não pode voltar ao estado original."

O livro conta a história de Dr. Griffin, um homem que tem sempre seu rosto coberto por ataduras, e com a desculpa de ter se queimado, nunca as tira. Durante a história, as pessoas de Iping, povoado no qual Griffin está instalado, descobrem sua invisibilidade, e começam a caçá-lo, mas o que ninguém esperava acontece, e em um surto de loucura, Dr. G. se torna vingativo, e cruelmente usa sua invisibilidade para buscar o antídoto e enganar as pessoas. Depois de um tempo, quando retorna ao povoado, ele é capturado por uma multidão, e então temos um desfecho pouco fora do usual, ele é espancado até a morte, e depois de estar sem vida, vai recuperando sua visibilidade.

Em um "golpe de sorte", tive a oportunidade de ler esse maravilhoso livro, que em pouco tempo (dois dias) me proporcionou uma leitura divertida e agradável, e admito, com um final que eu não esperava. O desfecho final e ficção imposta por Wells, nos faz viajar e, talvez imaginar como seria se fôssemos invisíveis.
No geral, esse é um dos livros que recomendo a todos, porque além de ser um clássico literário, nos transporta para uma diferente visão.